Você já percebeu o número de filmes produzidos na Coréia do Sul que têm sido lançados recentemente? Pelo menos nas locadoras do Brasil há uma ascensão na quantidade de filmes coreanos sendo comercializados ou expostos para aluguel, um fenômeno interessante e vantajoso para quem gosta de uma boa obra cinematográfica.
A exemplo do fato ao qual fiz alusão no parágrafo anterior, posso citar o ''Sede de Sangue'', ''Oldboy'' e ''O hospedeiro'', todos filmes realizados com atenção e cuidado, resultando em histórias surpreendentes e atuações marcantes. É evidente que os lançamentos acontecem muitas vezes depois de um ano do filme ter sido lançado lá fora, mas como não é toda a população que tem acesso, interesse ou saiba baixar filmes pela internet a popularização das obras do país asiático encontra suas chances nas locadoras.
Nesses dias assisti a um filme que me fez acreditar na força do cinema coreano, chamado Mother-A busca pela Verdade.
A história retrata a busca incessante de uma senhora para provar a inocência do seu filho, um rapaz com problemas mentais acusado de assassinar uma jovem estudante no bairro. O filme gira em torno desse problema e a atriz principal chamada Kim Hye-ja interpreta uma personagem cujo nome não é revelado, sendo chamada apenas de mãe, roubando a cena com um desempenho digno e trabalhoso, é sua personagem uma das que mais sofrem em busca de uma solução.
No decorrer da história somos apresentados a fatos reveladores que culminam em um resultado inesperado, eu prestei atenção nos personagens do filme, promovendo um dos objetivos do diretor Bong Joon-ho: deixar-nos surpreendidos com um desfecho no mínimo simples e esperado. Aliás foi esse o diretor do filme ''O hospedeiro'', e junto com outro chamado Park Chan-wook idealizam os grandes filmes recentemente lançados.
Um dos fatores que mais chamam a atenção também é a pobreza mostrada nua e crua, a cidadezinha em que moram a mãe e seu filho tem um ar acinzentado, as suas áreas de periferia possuem a fotografia apagada e desanimadora, amenizada quando vemos uma tomada na área de campo que, apesar de aparentar um tom nublado transparece calma e solidão. As mulheres sempre belas com uma tez lisa e diálogos com frases objetivas caracterizam a orientalidade do filme bem como a alimentação à base de vegetais, macarrão e frutos do mar, a loja da Mãe e sua experiência em acupuntura.
Um filme curioso estampado pelo amor maternal, mágoa, arrependimento e acima de tudo a natureza humana, uma natureza comum a todos os habitantes da Terra, sejam eles coreanos, brasileiros, chineses, ingleses, havaianos, samoanos........
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